PROVÉRBIOS ÁRABE DO DIA:

"Dança do ventre, é a modalidade de dança que melhor simboliza a essência da criação, onde se agradecia o milagre da vida, louvando, com dança e oração, o prazer, o nascimento e a sensualidade feminina."

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A DANÇA DO VENTRE NO SANGUE


                                                Por: Jamal Marzuq
Muitas mulheres se encantam pela dança do ventre logo no primeiro contato, quando vêem uma apresentação sentem vontade de sair dançando e muitas iniciam aulas para aprender tal arte. É natural esse contato da mulher com a dança do ventre, é como se a dança existisse dentro dela, e de fato creio que exista, esta no DNA feminino a dança do ventre, é como se Allah já as criasse com a dança oculta dentro de si.
As mulheres de descendência árabe têm muito mais essa sensibilidade pela dança, nos países árabes por terem a religião como base em muitos lugares é proibida a pratica da dança, mesmo no Egito não existem muitas escolas de dança como nos países ocidentais, mas enganam-se quem acha que mesmo sem ir a aulas de dança do ventre as mulheres não sabem dançar, é como eu disse esta no sangue, é igual a uma passista negra dançando samba, parece que foi criada pra sambar, o mesmo acontece com as árabes e descendentes, em países árabe normalmente acontecem festas, jantares onde determinada hora as mulheres se retiram pra outro ambiente, separadas dos homens, ali dançam entre elas mesmo usando abayes, elas encantam, dançam divinamente mesmo sem terem freqüentado uma aula sequer de dança do ventre, é o extinto da mulher árabe, existem hoje grandes bailarinas que não são árabes, mas confesso que quando uma árabe dança é diferente, os movimentos, a beleza que ela transmite através da sua dança é único.
A mulher árabe tem em si todos os elementos que compõe a bailarina de dança do ventre, o sorriso aberto, os olhos grandes, cílios longos, sobrancelhas largas, e os movimentos perfeitos, realmente a dança do ventre esta dentro dela, afinal foi da mulher árabe que nasceu a dança do ventre, talvez a primeira mulher a dançá-la tenha dado a luz a ela e a partir dali se deu inicio a dança do ventre entre todas as mulheres, preparando-se para gerar vidas.
Boa dança a todas!



Abaixo um video de uma notável bailarina Alika Hanan.

 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

BAILARINAS BRUTAS E SUAVES

            
  Por: Jamal Marzuq

Que titulo né? Brutas? Mas vou explicar.
Refiro-me a bailarinas brutas e suaves falando nos movimentos da dança do ventre, a mulher simplesmente por ser mulher é um ser delicado, tudo ela executa com suavidade, não vejo brutalidade em uma mulher, mas vejo na dança de algumas, os movimentos brutos. A dança do ventre como qualquer outra dança quando executada por mulheres tende a ser suave, mas falando na dança do ventre que tem alguns movimentos “brutos” como o soldadinho de chumbo, os tranquinhos, as batidas laterais e ate os shimmies, estes que exigem um pouco de brutalidade, mas tem bailarinas que exageram e são brutas do inicio ao fim da dança, talvez por acharem que agressividade significa entrega, dinamismo, vontade, já entram em cena com o véu sendo manipulado com força, virando ele de um lado pro outro com movimentos rápidos e fortes, criando ate um certo vento quando passa perto do rosto da gente que assiste, se ela enroscar o véu em um lustre por exemplo, a bailarina arranca-o do teto devido à força que ela coloca em seus movimentos, os movimentos de véu exigem suavidade, mesmo quando executados rapidamente, os giros também são uma obra prima da brutalidade, quando vão iniciar o giro já preparam os braços para dar impulso, jogando os braços de forma agressiva iniciam o giro rápido, bruto, tocando com os pés de forma forte ao chão para manter a velocidade e equilíbrio, tem um efeito legal, mas perde-se a leveza e encanto do giro feito com delicadeza, aquele que surge naturalmente, você não percebe que a bailarina irá entrar em um giro, pois ela não anuncia com os braços q ira realizar tal movimento, simplesmente ela executa.
Da pra se fazer movimentos bruscos sendo delicada, e a maioria são delicadas, alias 95% das bailarinas são delicadas, femininas, encantadoras, mesmo dançando em cima de um solo de derbake que exige muito dos movimentos de quadril, elas são suaves, apenas  com um leve toque de” brutalidade” em alguns movimentos, eu disse alguns movimentos apenas, não do inicio ao fim da apresentação, mudaria a palavra brutalidade por agressividade nesse caso.  Da pra se fazer um soldadinho de chumbo de forma delicada, pois ele apenas exige o travamento do quadril na hora certa, movimento seco e não bruto, já vi batidinhas laterais que se pegarem alguém que esteja passando ao lado o joga longe, ou soldadinhos de chumbo que batem tão forte os calcanhares no chão que parece que são realmente um soldado marchando.
A bailarina do ventre é delicada, ser bruta não combina nem um pouco com ela, um pouco de agressividade sim, mas brutalidade jamais, ate as roupas agradecem ser menos bruta, assim não precisam enchê-la de alfinetes antes de  dançar com o medo de ela cair na hora.
Bailarinas revejam seus vídeos, notem se estão sendo brutas em algum movimento, e os corrija, torne sua dança muito mais encantadora e prazerosa aos olhos.
Boa dança a todas!!!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

SENTIMENTO PELA DANÇA DO VENTRE


       Por: Jamal Marzuq

Quero compartilhar uma particularidade minha com vocês bailarinas, quero falar o que eu sinto quando as vejo dançar.
Quando inicia a musica, as primeiras notas já me deixa em estado de graça, pois sei que logo entrara em cena a bailarina, quando ela surge invadindo o local com seu véu esvoaçante meu coração dispara, minhas pupilas se dilatam e meus olhos se encantam, ali esta a minha frente bailando a criatura perfeita, mística, envolvente, simplesmente maravilhosa. Acompanho cada movimento, deslumbrado, encantado, desejo que a musica nunca se acabe, quando fitado sou pelo sorriso da bailarina invade em meu corpo uma onda de satisfação, ao vê-la dançando absorvo sua energia, a mesma energia que ela esta sentindo sinto também, o mesmo prazer, divido com ela suas emoções, pois ela libera a alma em sua dança e eu a contemplo. É algo que ate pra descrever é difícil, mas eu sinto toda boa energia liberada na dança, e ali naquele momento existe apenas eu e a bailarina, ela na condição de deusa, e eu de admirador.
É bom ver qualquer tipo de dança, mas, dança do ventre é alem do ver, é sentir, é ser tomado por uma força que você não controla, se deixa levar por ela, você ri, você chora, você grita, você aplaude, tudo acontece naquele momento.
Queria que todos sentissem isso, que enxergassem a beleza da dança, a feminilidade que tem nela, a sensibilidade, o amor da bailarina em executá-la. Mas, sabemos que muitas pessoas não enxergam assim, fico triste quando ouço certos comentários durante ou pós uma apresentação, você nota que na verdade não olharam a dança e sim quem dança, é lógico que a bailarina já encanta em si, ela como sempre falo e não me cansarei de falar, é uma mulher única, onde deixa fluir toda sua sensualidade através dos movimentos da dança, onde ela encanta mesmo, não há duvidas nisso, mas você admira-la é diferente de desejá-la, ou achar que ela esta te seduzindo, pois infelizmente tem gente quando recebe um olhar da bailarina e ela dança perto dele já acha que ela esta lhe dando bola, é ate engraçado você olhar a cara das pessoas “retribuindo” com um olhar sensual à bailarina quando esta dançando perto, ficam fazendo caras e bocas, depois é comum comentários desagradáveis à bailarina, mas isso faz parte infelizmente, pois ate nos países árabes onde a dança é tradicional existe esse tipo de coisa, e digo que lá é muito pior.
Mas isso jamais tirara o espírito, glamour, e prazer que a dança nos proporciona, pois há muitos amantes dela, que levam a serio, com o coração e a alma.
Quero agradecer a todas habibits que fazem a dança do ventre ser minha fonte de vida, que me transporta ao mundo encantado quando a vejo, que me faz ser pleno e realizado quando divido com a bailarina sua dança a acompanhando com snujs ou tocando o derbak pra ela bailar, shuckran Rakssas, meus olhos continuarão se enchendo de lagrimas a cada movimento seus, meu coração estará sempre disparado acompanhando seu quadril, meu sorriso estará sempre no rosto estampado, em resposta ao seu.
Boa dança a todas!!!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

MOTIVOS PARA SE PRATICAR A DANÇA DO VENTRE


Eu sempre digo para todas as colegas que querem praticar uma atividade física, ou um esporte, que pratiquem a dança do ventre, pois ela além de condicionar o corpo trás muitos outros benefícios, a dança do ventre eu comparo a um SPA, pois a praticando você terá inúmeras atividades, físicas, mentais e emocionais ligadas a ela, ela causa o bem estar total, chega a ser uma filosofia de vida. Veja alguns dos benefícios que a dança do ventre oferece:

1. Corrige a postura, conferindo elegância e fazendo “crescer” até três centímetros.
2. Modela ombros e braços, dando contornos mais definidos.
3. Ao corrigir a postura, eleva os seios favorecendo seu formato.
4. Fortalece e enrijece o ventre, diminuindo a barriga.
5. Arredonda e endurece quadril e glúteos
6. Tonifica e desenvolve os músculos da perna, principalmente as coxas e panturrilhas.
7. Auxilia na perda de colorias. (aproximadamente300 calorias)
8. Relaxa e traz bem estar emocional.
9. Desenvolve a auto-estima e a confiança em si própria.
10. Traz desenvoltura e desinibição
11. Confere vaidade e graciosidade ás praticante
12. Ativa a circulação sangüínea
13. Melhora o funcionamento do aparelho digestivo, dos rins e dos órgãos sexuais.
14. Proporciona a redescoberta do feminino, com todo o sensualismo que lhe é peculiar.
15. Aprende a ter um cuidado mais delicado com o próprio corpo.
16. Cria um estimulo para dietas saudáveis, no sentido de potencializar seu visual; entenda-se isso, por criar uma disciplina nos hábitos alimentares e não cair em dietas mirabolantes sem resultados positivos;
17. Desenvolve a capacidade de ressaltar seus pontos interessantes e atenuar os menos favorecidos, trazendo um bem estar com o próprio corpo.
18. Promove na mulher a aceitação de si mesma como ser encantador, diferenciado e belo;
19. Desenvolve a agilidade mental, concentração e atenção tanto na música quanto nos movimentos.
20. Estimula a criatividade;
21. Através de seqüências e laboratórios/dinâmicas trabalha a percepção sensorial. Isso cria uma sensibilização na mulher, de forma que sua leitura musical é decodificada através de movimentos precisos e que a colocam em contato com seu interior, suas próprias emoções;
22. Desta mesma forma, a timidez que muitas vezes atrapalha o processo de aprendizado é trabalhada aos poucos, possibilitando melhoria nos relacionamentos;
23. Alivia o stress do dia-a-dia através do contato de grupo pela troca de experiências e informações, o que desenvolve a capacidade de sublimar os desafios;
24. Auxilia em problemas menstruais, hormonais e partos, diminuindo cólicas, equilibrando as funções sexuais e facilitando contrações e dilatações.

Tai a dica, pratique uma atividade que além de tudo isso, te traz paz e prazer.
Boa dança a todas.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

TREINO DE DANÇA: CADA UM NO SEU QUADRADO.

                                                              Por: Jamal Marzuq

Dançar a dança do ventre é algo que exige muito corpo, e dançar a dança do ventre raiz exige muito mais, hoje a nova escola de dança do ventre no Brasil e no mundo trouxe para a dança do ventre muito do balé e do Jazz. A maioria dos métodos de ensino de dança do ventre hoje é ensinada dessa forma, a bailarina praticamente corre de um lado para o outro, não é feio, eu gosto, pois ela alia a seus grandes giros, sua evolução a todas as técnicas da dança, fica um show mais aberto, onde o espectador viaja com os olhos nos movimentos das bailarinas em sua execução.
Mas quando se trata de dança raiz, aquela que tem que se apresentar em um local confinado, um restaurante típico árabe, ou uma festa árabe em que se tem um espaço limitado, geralmente entre mesas, ai muitas bailarinas se perdem, justamente por perderem o espaço para realizar seus movimentos. Ai que entra a técnica do metro quadrado (cada um no seu quadrado), durante os ensaios a bailarina deve limitar ao seu redor uma área de exatos um metro quadrado, ele pode ser desenhado no chão ou feito por livros, linha, fita, tijolos, enfim, use o que sua imaginação mandar, você deve ter em sua volta uma limitação, pois ali dentro será o seu universo de dança, ali você executará seus movimentos, sua coreografia, logicamente que pela ausência de espaço a bailarina usará muito mais os braços, o quadril, as pernas, o corpo todo pra tornar sua dança atraente, imagine você dançando seis minutos de musica dentro de um metro quadrado e ter que encher o tempo com uma performance que não seja repetitiva. Sim! Limitar o espaço limita os grandes movimentos que esconde muitas vezes o desempenho da bailarina, ela usa dois minutos de quadril, mais um minuto de shimmies, e passa quatro minutos rodopiando e andando de Lá pra Cá durante sua performance, limitada ela terá que dar o Maximo de si, e usar técnicas aprendidas.
A bailarina treinada dentro de seu quadrado, quando se liberta ela ganha o mundo, ela tem liberdade pra abusar, pois ela usara o espaço livre que tem pra se locomover apenas e não para dançar nele, pois ela estará dançando do inicio ao fim da musica, toda a musica estará cheia dela, ela rodara o salão inteiro ou o palco todo, dançando e não simplesmente se locomovendo, com um giro ou uma passada de perna mais aberta, ela ira curtinho em seus movimentos deixando o quadril comandar, Dara impressão de estar flutuando. 

Treinar, treinar, treinar e treinar, essa é a palavra, só se realiza movimentos perfeitos quando se esta treinada, entre em seu quadrado e deixe nele litros de seu suor, escolha musicas com duração acima de dez minutos, que mudem varias vezes de ritmos, que de pra trabalhar o corpo todo, tire os pés dos chão, mas não saia de dentro do seu quadrado. Você se terá a mesma sensação de estar correndo com peso nas pernas, você treina o dia todo com eles, quando os tirar terá a impressão de que esta flutuando e correra muito mais rápido e fácil, assim será com sua dança, quando se libertar do quadrado terá a sensação de liberdade,mas ao mesmo tempo estará executando os movimentos como se estivesse nele.
Boa dança a todas.

                          bailarina fotos: Francynne Hernandes Martins

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

BAILARINA DE NUVENS.

                                                                                  
                                                                                                                                                                        Por: Jamal Marzuq 

Hoje acordei, olhei para o horizonte e vi entre as nuvens a silhueta de uma bailarina! Sim era do ventre! Pois via suas vestes se esvoaçando ao vento, via seus cabelos jogados ao ar.
Todas as outras nuvens se ajuntavam para a nuvem bailarina contemplar, ela bailava, bailava ao som do vento uivante, ao som dos mais puros toques de alaúde, ao som do puro derbak.
Linda nuvem bailarina me despertou, me fez cair lagrimas dos olhos logo ao acordar, me imaginei ali dançando com ela, tendo como testemunha apenas o brilho do alvorecer do Sol.
A manha tornou-se mágica, pois a bailarina esbranquiçada, alva, criava coreografias nos céus, indo de um lado para o outro, deixando um rastro de seus passos, marcados como se estivesse no solo a pisar.
Olhei ao redor e vi que ate os pássaros estavam sentados nas arvores, vendo a nuvem bailarina bailar, uma manha mágica, inesquecível, ó bailarina que dança com o ventre, ó nuvem perfeita, branca, densa, me acorde todas as manhas dessa forma, me faça com você viajar, viajar em seus movimentos, abusar de ti olhar, bailando nos céus, jogando pra cima seus véus, bailarina que dança o ventre, é soberana na terra e nos céus, sou simples expectador encantado com seu gingado, apaixonado pela sua arte.
Quando olho nos céus, tenho certeza que é a alma de todas as bailarinas, que durante a noite se juntam entre as estrelas, bailando seus quadris a noite toda, ao amanhecer vem bailar para mim, me deixando abobado, simplesmente encantado, com a dança e seu gingado, com seus movimentos encantados, onde bailarina é mestra, diva, divina, onde ela me faz ter todos meus sonhos regados, pela sua dança.
Quero um dia tocar as nuvens, tocar em um pedacinho de seu vestido, sentir a sua alma, assim voltarei à terra realizado, dancei com as nuvens, dancei nos céus, dancei simplesmente com você! Bailarina do corpo sagrado, bailarina que leva consigo o puro véu, bailarina do ventre encantada, bailarina que habita os céus.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

UMA AULA PRA INICIANTES

Um video feito pela Bailarina Ligia Guelfi, onde mostra os movimentos basicos da dança do ventre de forma simples de muito facil aprendizado.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

AMOR A DANÇA DO VENTRE! É SÓ ISSO QUE IMPORTA!

                                                                               
                                 
                                                                                       Por: Jamal Marzuq

Salam habibits e habibis, o titulo acima já diz muito né? Amor a dança do ventre! Lógico que sabemos que todos que se dedicam a uma arte, a um hobby, a algo em si, têm amor aquilo que se dedica. A dança do ventre é uma arte, e além da arte é também uma filosofia, uma cultura, uma forma diferente de ser e de se viver, notem, bailarinas de dança do ventre são mais alegres, mesmo com os contras que andam no meio da dança, mas elas são diferentes, a dança do ventre realmente muda a mulher que a pratica, não sei o certo porque, mas como ela mexe com o corpo feminino ela cria um bem estar, muda o jeito da pessoa, deixa mais solta, sorriso mais lindo, a fisionomia melhor, você olha pra uma bailarina de DV e já vê logo o sorrisão de alegria estampado em seu rosto, a mulher que faz DV, se sente melhor com ela mesma, e de fato ela é melhor. A DV não é só uma dança, ela é um exercício a alma feminina, eu digo; é impossível você achar uma bailarina de DV que não goste, ou não de tanta importância, ou faz forçado, todas, todas as bailarinas amam profundamente a DV, elas sentem a alma invadida pela dança, é como se elas se transportassem ao passado, há 4000 anos e estivessem dançando juntas com as primeiras bailarinas de dança do ventre.
É difícil nós falarmos da exata data que foi criada a dança, e também se era realmente uma dança, podia ser uma terapia, uma religião, sabemos bem pouco da DV, mas sabemos algumas coisas que foram trazidas do passado, que ela era criada pra preparar as futuras mães, sim de fato era mesmo, pois hoje vemos que as mulheres que a praticam são diferentes, imagine essa alegria da dança somada a alegria de ser mãe, é algo que me causa inveja, ser mãe e ser bailarina. Mas não vou falar de historia da DV, quero falar sobre a sua magia, o encanto que ela causa e o amor que sentimos por ela, ser bailarina ou apreciador de DV é ser diferente como já disse, é ter dentro de si uma amor eterno por essa cultura, e não se gosta de DV sem gostar da sua cultura, gostar do mundo Árabe.
Não tem como se aprender DV sem conhecer as musicas, instrumentos, ritmos, roupas, historias, países, costumes, culinária dos povos árabes. A bagagem é gigante pra se aprender DV, gigante mas, prazerosa. O amor à DV é natural, ele supera dificuldades, muitas dançam por amor por se sentirem bem, não buscam um lugar como profissionais, é isso que deve acontecer, existem as grandes profissionais, as professoras maravilhosas que amam e que ensinam a DV, que leva ela a todas que se encantam, ensinando-as, mas também existem as que querem dançar simplesmente, não importa se vão ou não ser famosas, ou se vão se apresentar em grandes espetáculos, elas querem dançar, querem sentir a energia que a dança traz, querem ouvir as batidas do derbake, os tilintares dos snujs, o tremido e estrondo da tabla, querem deixar entrar em seu corpo o som das flautas, o solo dos alaúdes, a notas suaves do acordeom, anônimas, ali somente elas e a dança, mas grandes bailarinas gigantes maravilhosas bailarinas.
Já vi alunas dançarem iguais as mestras, justamente por se entregarem a dança, uma apresentação executada com amor, com alma é melhor do que aquela que é apresentada com técnica, a DV é o deixar fluir, deixar o corpo comandar, como faziam as bailarinas há 4000 anos, elas dançavam pra elas, pro corpo delas, para se sentirem bem com elas mesmas, afinal era de si própria que se cuidava.
O amor a DV é único, e cada pessoa tem uma forma de senti-lo, é esse amor que devemos deixar fluir de dentro, deixar contagiar o meio da dança, hoje há pessoas que se isolam, ou se afastam quando recebem comentários contrários, já falei antes sobre a inveja, sobre comentários destrutivos, infelizmente as pessoas que comentam, são as mesmas que amam a dança, mas que não sabem ver o crescimento, o amadurecimento de uma colega de dança, eu acho que deveria ser ao contrario, ela deveria se sentir feliz por ver nascer uma nova bailarina, uma amiga, que ira fortalecer ainda mais a DV no Brasil. Acho que nos tempos antigos elas não tinham inveja, nem essa disputa entre elas, ate porque estavam unidas preparando-se para serem mães, para preservar seu povo, sua cultura, e devido a essas antigas bailarinas, mães, que foram gerando e passando a cultura as novas gerações, assim a DV chegou até os dias de hoje, e continuará pelos séculos a frente.
Amor a dança do ventre, deixe esse amor estender-se também ao meio da dança, as colegas, aos músicos, aos profissionais de costura que fazem lindas roupas, as profissionais que pintam véus, aos fotógrafos (a), operadores de som e luz, idealizadores de shows, promotores (a), maquiadores (a), apreciadores, professoras e professores, donos de restaurantes, cantores, enfim a todos que estão ligados a dança do ventre, que se unam, sejam uma família, sem brigas, sem leva e traz, sem intrigas, saibam ajudar e dêem opinião quando ver algo errado, ou algo que sua opinião possa acrescentar, a DV merece isso, não é tarde pra deixarmos o amor em nós fluir, se fundir a DV, criar a família antiga em que nasceu a DV. Somos todos ligados pelo mesmo amor, o amor a cultura e sua arte de dançar, amor que nos faz ser diferentes dos demais, nos faz ser um povo, o povo da DV, um povo que deve levar esse amor adiante, mostrar ao mundo a beleza e encanto da nossa amada dança do ventre.
Boa dança a todas!!!