PROVÉRBIOS ÁRABE DO DIA:

"Dança do ventre, é a modalidade de dança que melhor simboliza a essência da criação, onde se agradecia o milagre da vida, louvando, com dança e oração, o prazer, o nascimento e a sensualidade feminina."

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A AGUA NO SHISHA (NARGUILE) SERVE DE FILTRO?


                                                             foto: Joyce Françoso                                            

Por: Jamal Marzuq


Narguile ou Shisha como falam os árabes, é um instrumento usado para se fumar tabaco aromático de uma forma muito interessante, não há quem não se encante com a peça de narguile, ela é toda bela, mística, parece que carrega nela toda a magia das mil e uma noites árabes.
 Alguns estudos dizem que é prejudicial à saúde, de fato é sim, pois as essências usam o tabaco, que contem nicotina e alcatrão, além da queima do carvão que ao você puxar a fumaça desce junto a fumaça da queima do carvão, por isso o correto é usar carvão de fibra de coco que é menos nocivo a saúde, e as essências já têm as de pedras que reduz em 100% a ingestão de nicotina e tabaco (veja a matéria abaixo sobre as essências de pedras).

 Muitos acham que a agua usada no narguilé tem a função de filtrar a fumaça, é puro engano a agua apenas pode reter algumas fagulhas (fuligem) de carvão que possam descer pelo cano, notem que após se usar o narguilé a agua continua clara, às vezes ela pode escurecer justamente pelo melaço da essência que escorrer quando se usa um rosh (cerâmica de furos baixos), mas, quando de usa rosh de furo alto a essência não escorre e a agua fica límpida. A função da agua no narguilé é justamente para resfriar a fumaça, quando derem uma baforada coloque a mão na frente e vera o como sai gelada a fumaça, por isso eu aconselho a colocar gelo junto com a agua para resfriar mais a fumaça, ficando assim mais densa, saborosa e prazerosa a fumada.

Para se obter mais sabor é aconselhável usar narguilés grandes e mangueiras longas, pois quanto mais longo for o caminho que a fumaça percorrer melhor fica seu sabor, pois o sabor do carvão vai se dissipando pelo caminho.

Fumar narguile é sempre bom em companhia dos amigos, ou quando estiver sossegado, relaxado e dispondo de todo tempo para apreciar sua fumaça saborosa.

Boas baforadas.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

TREINE SEUS BRAÇOS



                  Por: Jamal Marzuq

Os braços na dança do ventre são de extrema importância, veja no texto em que publiquei no mês de Maio de 2011.

“Vamos abordar um assunto que é bem interessante, e tem um encanto a parte na dança do ventre, o movimento dos braços. Os braços começaram a ser mais explorados com a chegada da dança do ventre nos Estados Unidos, as americanas deram movimentos mais intensos a eles, explorando-os ao máximo. Mas eles foram caindo em acomodo, e não se vê mais evolução neles, os quadris evoluíram muito e continuam evoluindo com novas técnicas, mas os braços continuam o mesmo básico.
Todas as bailarinas usam os braços de forma que se cria a mesma construção de outras bailarinas, observem nos vídeos, os braços são sempre iguais, às vezes mais rápidos ou mais lentos, mas seus desenhos são praticamente os mesmos, as bailarinas devem explorar mais os movimentos de seus braços, criar e inovar com eles, pra sair do básico. Muitas vezes se preocupam com seus quadris e os braços seguem a dinâmica natural da musica, seus floreios, seus serpenteio, ora em cima, ora a meio corpo ou em baixo, não digo que é feio, a dança do ventre sem o movimento dos braços morre, fica pobre, é maravilhoso ver os braços, eles transmitem sensualidade, feminilidade, é simplesmente encantador, mas podia se inovar, criar novas coreografias para eles, isso não é fugir do tradicional e sim buscar um aperfeiçoamento maior, pra deixar a dança mais completa. Eu gostaria de ver novos braços, que pena que não sei dançar nem fazer coreografias, mas fica aqui meu pedido as bailarinas maravilhosas, que criem novos movimentos de braços, enriquecendo ainda mais a dança do ventre.  Deixem seus braços seguirem a melodia, fazerem uma leitura musical com movimentos correspondentes a musica, com novas posições, vamos ousar, deixem ir além”


Então a bailarina deve dar uma atenção toda especial aos seus braços, deve ensaia-los (ensina-los), uma dica é de ensaiar sempre de frente a um espelho para você poder ver a dinâmica de seus braços, ver como eles se comportam quando esta dançando, notar se eles não são repetitivos ou se seus movimentos não são os que você imagina estar fazendo, muitas vezes achamos que estamos fazendo um serpenteado e na verdade os braços estão apenas sendo jogados de cima pra baixo sem qualquer sincronismo.
O braço tem que ser sensual, suave, hipnotizante, as mãos tem que estar em perfeita harmonia, os dedos sempre esguios, mãos fechadas, nunca abertas ou com os dedos cada um pra um lado (espalhados), imagine-se você mesma se acariciando, corra os braços no corpo, deixe toda sua essência feminina comandar os movimentos, depois os afaste do corpo mantendo os mesmos movimentos, ao som da musica e comece a os deixar fluírem realizando os movimentos de dança, eles tem se tornar natural e não forçados.
 Os braços são feitos para bailar e não parar ficar esfregando no quadril imitando movimento de quem esta abaixando as calças ou fazendo novos penteados no cabelo, já vi alguns movimentos que ate a barriga alisavam, como se tivessem acariciando um bebe.
“Habibas”! Coloquem a essência mulher em seus braços e encantem cada vez mais com sua dança.
Boa dança a todas.

bailarina foto: Elaine Murad

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O QUE É SER PROFESSORA DA DANÇA DO VENTRE?



Por: Jamal Marzuq



Já fizeram essa pergunta a você?
Bom, desde nosso entender por gente temos em nossas vidas a presença constante de um(a) professor (a), nossos mestres que nos ensinaram a ler, escrever, a conhecer um mundo novo. Os professores são praticamente nossos segundos pais, figuras importantes em nosso desenvolvimento.
 Hoje sendo adultos ainda temos a presença deles, quando queremos aprender um novo idioma, a tocar um instrumento, a aprender a dançar. Dançar! Então vamos falar de dança do ventre; a professora de dança do ventre é na minha opinião diferenciada de outros professores na área de danças, pois elas ensinam uma arte milenar, que não é somente uma dança, é toda uma cultura, um rito, uma filosofia, uma paixão, algo que nasce já com a mulher, ela ensina a tirar de dentro das alunas tudo isso, pois esta no DNA da mulher todo o envolvimento com a dança do ventre, apenas tem que ligar a tecla ON.
Professora de dança do ventre, é a mestra que todas as alunas sentem orgulho, querem ser iguais, é o exemplo a ser seguido, por isso ser professora é alem de ser uma grande profissional, conhecer muito da cultura, da dança, dos ritmos, dos sons, é ser também uma pessoa diferenciada, e uma regra a uma grande mestra é: não se envolver em fofocas, intrigas, coisas que hoje no meio da dança estão se tornando comuns, não sei por que, mas cada vez mais você ouve os maldosos comentários das “amigas”. Bom, mas isso é um outro caso, que não vale a pena perder tempo comentando, apenas acho que ao invés de ficarem destilando veneno sobre as companheiras, deviam se importar em aprender mais, estudar mais, e se tornarem melhores na dança, e não serem as melhores na língua afiada.
Então vale aquela velha regra, tenha em sua escola os seus métodos, o seu modo de ensinar e não se importe com a “sua vizinha”, faça do seu jeito, afinal você é a mestra, a responsabilidade de ensinar é sua, você estudou pra isso, se capacitou, buscou conhecimento, e se tem alunas é por que seu trabalho é reconhecido e gerou frutos.
Eu gostaria de parabenizar a todas professoras de dança do ventre, que ensinam suas alunas levando cada dia mais novas adeptas, novas apaixonadas, perpetuando assim a maravilhosa arte da dança do ventre.

Boa dança a todas.

Bailarina foto: Joyce Françoso

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PRIMAVERA ÁRABE

Na foto: uma manifestante mostra a mão com os dizeres "nós venceremos" em árabe e as bandeiras da Líbia pré-Kadafi, da Síria, do Iêmen, da Tunísia e do Egito, durante um protesto em Sanaa, capital iemenita, contra o presidente Saleh, em outubro de 2011

Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, desempregado, ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria morte, seria o pontapé inicial do que viria a ser chamado mais tarde de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.
Inspirados no "sucesso" dos protestos na Tunísia, os egípcios foram às ruas. A saída do presidente Hosni Mubarak, que estava no poder havia 30 anos, demoraria um pouco mais. Enfraquecido, ele renunciou dezoito dias depois do início das manifestações populares, concentradas na praça Tahrir (ou praça da Libertação, em árabe), no Cairo, a capital do Egito. Mais tarde, Mubarak seria internado e, mesmo em uma cama hospitalar, seria levado a julgamento.
A Tunísia e o Egito foram às urnas já no primeiro ano da Primavera Árabe. Nos dois países, partidos islâmicos saíram na frente. A Tunísia elegeu, em eleições muito disputadas, o Ennahda. No Egito, a Irmandade Muçulmana despontou como favorito nas apurações iniciais do pleito parlamentar.
Líbia demorou bem mais até derrubar o coronel Muamar Kadafi, o ditador que estava havia mais tempo no poder na região: 42 anos, desde 1969. O país se envolveu em uma violenta guerra civil, com rebeldes avançando lentamente sobre as cidades ainda dominadas pelo regime de Kadafi. Trípoli, a capital, caiu em agosto. Dois meses depois, o caricato ditador seria capturado e morto em um buraco de esgoto em Sirte, sua cidade natal.
O último ditador a cair foi Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen. Meses depois de ficar gravemente ferido em um atentado contra a mesquita do palácio presidencial em Sanaa, Saleh assinou um acordo para deixar o poder. O vice-presidente, Abd Rabbuh Mansur al-Radi, anunciou então um governo de reconciliação nacional. A saída negociada de Saleh foi também fruto de pressão popular.


 fonte: blogs.estadao.com.br