Por: Jamal Marzuq
Salam habibits e habibis, o titulo acima já diz muito né? Amor a dança do ventre! Lógico que sabemos que todos que se dedicam a uma arte, a um hobby, a algo em si, têm amor aquilo que se dedica. A dança do ventre é uma arte, e além da arte é também uma filosofia, uma cultura, uma forma diferente de ser e de se viver, notem, bailarinas de dança do ventre são mais alegres, mesmo com os contras que andam no meio da dança, mas elas são diferentes, a dança do ventre realmente muda a mulher que a pratica, não sei o certo porque, mas como ela mexe com o corpo feminino ela cria um bem estar, muda o jeito da pessoa, deixa mais solta, sorriso mais lindo, a fisionomia melhor, você olha pra uma bailarina de DV e já vê logo o sorrisão de alegria estampado em seu rosto, a mulher que faz DV, se sente melhor com ela mesma, e de fato ela é melhor. A DV não é só uma dança, ela é um exercício a alma feminina, eu digo; é impossível você achar uma bailarina de DV que não goste, ou não de tanta importância, ou faz forçado, todas, todas as bailarinas amam profundamente a DV, elas sentem a alma invadida pela dança, é como se elas se transportassem ao passado, há 4000 anos e estivessem dançando juntas com as primeiras bailarinas de dança do ventre.
É difícil nós falarmos da exata data que foi criada a dança, e também se era realmente uma dança, podia ser uma terapia, uma religião, sabemos bem pouco da DV, mas sabemos algumas coisas que foram trazidas do passado, que ela era criada pra preparar as futuras mães, sim de fato era mesmo, pois hoje vemos que as mulheres que a praticam são diferentes, imagine essa alegria da dança somada a alegria de ser mãe, é algo que me causa inveja, ser mãe e ser bailarina. Mas não vou falar de historia da DV, quero falar sobre a sua magia, o encanto que ela causa e o amor que sentimos por ela, ser bailarina ou apreciador de DV é ser diferente como já disse, é ter dentro de si uma amor eterno por essa cultura, e não se gosta de DV sem gostar da sua cultura, gostar do mundo Árabe.
Não tem como se aprender DV sem conhecer as musicas, instrumentos, ritmos, roupas, historias, países, costumes, culinária dos povos árabes. A bagagem é gigante pra se aprender DV, gigante mas, prazerosa. O amor à DV é natural, ele supera dificuldades, muitas dançam por amor por se sentirem bem, não buscam um lugar como profissionais, é isso que deve acontecer, existem as grandes profissionais, as professoras maravilhosas que amam e que ensinam a DV, que leva ela a todas que se encantam, ensinando-as, mas também existem as que querem dançar simplesmente, não importa se vão ou não ser famosas, ou se vão se apresentar em grandes espetáculos, elas querem dançar, querem sentir a energia que a dança traz, querem ouvir as batidas do derbake, os tilintares dos snujs, o tremido e estrondo da tabla, querem deixar entrar em seu corpo o som das flautas, o solo dos alaúdes, a notas suaves do acordeom, anônimas, ali somente elas e a dança, mas grandes bailarinas gigantes maravilhosas bailarinas.
Já vi alunas dançarem iguais as mestras, justamente por se entregarem a dança, uma apresentação executada com amor, com alma é melhor do que aquela que é apresentada com técnica, a DV é o deixar fluir, deixar o corpo comandar, como faziam as bailarinas há 4000 anos, elas dançavam pra elas, pro corpo delas, para se sentirem bem com elas mesmas, afinal era de si própria que se cuidava.
O amor a DV é único, e cada pessoa tem uma forma de senti-lo, é esse amor que devemos deixar fluir de dentro, deixar contagiar o meio da dança, hoje há pessoas que se isolam, ou se afastam quando recebem comentários contrários, já falei antes sobre a inveja, sobre comentários destrutivos, infelizmente as pessoas que comentam, são as mesmas que amam a dança, mas que não sabem ver o crescimento, o amadurecimento de uma colega de dança, eu acho que deveria ser ao contrario, ela deveria se sentir feliz por ver nascer uma nova bailarina, uma amiga, que ira fortalecer ainda mais a DV no Brasil. Acho que nos tempos antigos elas não tinham inveja, nem essa disputa entre elas, ate porque estavam unidas preparando-se para serem mães, para preservar seu povo, sua cultura, e devido a essas antigas bailarinas, mães, que foram gerando e passando a cultura as novas gerações, assim a DV chegou até os dias de hoje, e continuará pelos séculos a frente.
Amor a dança do ventre, deixe esse amor estender-se também ao meio da dança, as colegas, aos músicos, aos profissionais de costura que fazem lindas roupas, as profissionais que pintam véus, aos fotógrafos (a), operadores de som e luz, idealizadores de shows, promotores (a), maquiadores (a), apreciadores, professoras e professores, donos de restaurantes, cantores, enfim a todos que estão ligados a dança do ventre, que se unam, sejam uma família, sem brigas, sem leva e traz, sem intrigas, saibam ajudar e dêem opinião quando ver algo errado, ou algo que sua opinião possa acrescentar, a DV merece isso, não é tarde pra deixarmos o amor em nós fluir, se fundir a DV, criar a família antiga em que nasceu a DV. Somos todos ligados pelo mesmo amor, o amor a cultura e sua arte de dançar, amor que nos faz ser diferentes dos demais, nos faz ser um povo, o povo da DV, um povo que deve levar esse amor adiante, mostrar ao mundo a beleza e encanto da nossa amada dança do ventre.
Boa dança a todas!!!