Entrevista com Manoela Jácome, Bailarina, Professora de Dança do Ventre e Coreografa DRT-ES/1316.
Jamal Marzuq- Ola Habibit, estou plenamente satisfeito por você ter me concebido essa entrevista para o Blog, shuckran.
Manoela Jácome - Eu agradeço a oportunidade de falar sobre meu trabalho, fico muito honrada!
JM- Com quantos anos você começou a dançar? E a dança do ventre foi sua primeira dança ou iniciou-se com outras danças?
Manoela Jácome - Eu iniciei no mundo da dança com cinco anos de idade no Ballet clássico e Jazz, muito tempo depois me encontrei envolvida totalmente na Dança do Ventre.
JM- Voce tem alguma descendência Árabe?
Manoela Jácome - Tenho descendência libanesa por parte de pai
JM- Como é a dança hoje em seu Estado?
Manoela Jácome - Graças a Deus vem crescendo, estamos conseguindo atingir um público bom, mesmo não tendo muito apoio da parte cultural do Estado, fazemos por onde mostrar a dança de uma forma séria.
JM-Sobre essas novas fusões agregadas a dança do ventre, o que você tem a dizer?
Manoela Jácome - Acho que se tem de ter muito "cuidado", tenho visto muitas coisas ruins que foge totalmente da essência, vira uma bagunça, quem vai a um espetáculo de Dança do Ventre quer ver Dança do Ventre, existem outros estilos que se tem haver com a nossa dança, que podem ser trabalhados juntos, fusão tem de ter muito estudo para não se tornar algo "estranho", o ballet clássico, jazz (para coreografias modernas), Flamenco, dança cigana... São algumas das opções que acho perfeitas para fusões.
JM- Ainda falando de fusões, o véu tem que ser usado toda vez no inicio da apresentação da bailarina? É uma regra isso? Pois de 10 danças que assisto, 10 bailarinas entram com o véu.
Manoela Jácome - (Risada) Realmente tem muita apresentação se iniciando dessa forma, não necessariamente tem de se começar uma dança com véu, depende muito do estilo da bailarina, tem umas que sua "marca" é o véu, mas não é regra, nunca foi, vai muito da criatividade nessa hora.
JM- Tivemos recentemente um grande evento sobre dança do ventre aqui em São Paulo, eu acho que eventos como este deveriam acontecer todos os meses em diferentes Estados do nosso País, divulgando, incentivando, e trazendo novas e novos adeptos a nossa querida dança. Eu sei que você tem também um evento que realiza ai em seu estado logo mais vamos falar sobre ele. Mas diga o que você acha desses eventos?
Manoela Jácome - Acho esses grandes eventos maravilhosos, dando oportunidade para expor trabalhos de estilos diferentes, reunir profissionais de outros lugares, fazer contatos importantes, dar acessibilidade ao público de ter aproximação dessa cultura maravilhosa, incentiva ao bailarino a estudar cada vez mais para mostrar cada vez melhor seu trabalho.
JM- Você se inspirou ou se inspira em alguma bailarina?
Manoela Jácome - Nossa! Amo várias, mas não posso deixar de mencionar Darya Mitskevich e Ana Borisova.
JM- A cultura Árabe. Anda junto com a dança? Ou da pra ser bailarina de dança do ventre sem ao menos conhecer os costumes do povo que a difundiu ao mundo?
Manoela Jácome - Literalmente andam juntas e nunca se separariam, uma completa a outra, não tem como ser bailarina de dança do ventre sem ter noção da cultura árabe, o trabalho da dança é totalmente ligado a cultura rica desse povo.
JM-Tenho um assunto rolando no Blog sobre a profissionalização da dança do ventre e a criação de uma associação de classe, e gostaria de saber também qual sua posição referente a isso?
Manoela Jácome - Acho maravilhoso, passou da hora de termos reconhecimento dentro das classes trabalhadoras, ser professora de dança e bailarina é uma profissão digna como outra qualquer, precisamos ter nossos direito garantidos, esse é um grande incentivo para nós que honramos esse trabalho.
JM- Existe amizade verdadeira no meio da dança?
Manoela Jácome - Difícil, mas existe, trabalhar o "ego" feminino é complicado, tem pessoas que não sabem lidar com isso, para manter uma amizade verdadeira nesse meio artístico o segredo é o respeito.
JM-Agora sim! Me fale sobre seu projeto “MAKTUB”?
Manoela Jácome – AAAHHHHH! Meu Projeto Maktub! é um sonho se realizando aos poucos, fico muito feliz e me sinto honrada em realizá-lo, muito trabalho e garra para a concretização, eu reúno o trabalho de todo ano com as minhas alunas e também dando acesso ao público de ver trabalhos profissionais de fora do estado, trazendo bailarinos renomados para o espetáculo, quero passar para o Capixaba um pouco da cultura árabe através da dança e também dar oportunidade aos bailarinos de ter contatos profissionais trocando experiências.
JM- É uma apreciadora do Shisha?
Manoela Jácome – (Risadas) com muita moderação! Mas utilizamos quando nos reunimos para uma boa conversa, além de ser uma linda peça de decoração tenho alguns em meu estúdio e em casa também.
JM- Ser uma bailarina do ventre pra você é?
Manoela Jácome - Ser uma bailarina do Ventre pra mim é um complemento de minha vida, não saberia viver sem minha dança, me sentiria vazia.
JM-Deixe uma mensagem aos leitores do blog e as novas bailarinas que estão iniciando na dança do ventre?
Manoela Jácome - Vivam intensamente essa arte maravilhosa, estudem sempre, busquem conhecimento, nunca se sabe tudo, a dedicação é a alma da perfeição, respeito e humildade é a base de uma maravilhosa bailarina, e para quem está iniciando, não desista de seus sonhos, nem tudo são "flores", o caminho é de muito trabalho, aparecerão vários motivos para desistir, é aí que você tem de mostrar que está preparada para seguir em frente. Beijos à todos! Fiquem com Deus!
JM-As pessoas que tiverem interessadas em aprender a Dança do Ventre, contratar workshops, shows deve-a contatar como?
Manoela Jácome - Contatos para Shows, Workshops:
Email: manu.jacome@gmail.com
Facebook:
Manoela Jácome
Tel:
(27) 9781-1335 - VIVO
(27) 8145-5366 - TIM
Manoela Jácome - Agradeço de coração a oportunidade, SUKRAN Jamal! Bauces!
Manoela é uma pessoa amável, dedicada a sua arte... Ela merece todo sucesso que tem colhido!
ResponderExcluirAmooo você <3
Jamal adorooo seu blog!!!