PROVÉRBIOS ÁRABE DO DIA:

"Dança do ventre, é a modalidade de dança que melhor simboliza a essência da criação, onde se agradecia o milagre da vida, louvando, com dança e oração, o prazer, o nascimento e a sensualidade feminina."

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

VISÃO DE UM SONHO



                                                                                                                             Por: Jamal Marzuq
 
Deitado ao chão;

Ouvindo o quebrar das ondas;

Sentindo a brisa fresca que entra pela porta;

Relaxado, distante, ouço o som de passos, estalados sobre o assoalho de madeira,

Sutil, passos compassados, cadenciados, logo ouço uma musica;

Batidas sonoras, envolventes, me embalam a seguir as batidas com o balançar dos pés;

Abro os olhos e vejo a minha frente, bailando, rodopiando em movimentos inimagináveis;

Ela, pura dança, ela, reluzente, em suas vestes leves, de pele alva, um sorriso triplicado pelo prazer que sente;

Encara-me com seus olhos misteriosos, penetra minha alma, me faz perder os sentidos e ficar ali, parado, abobado, aprovando seu modo de dançar;

Olhando para cada detalhe de seu corpo, analisando a perfeição, observando seus delicados pés, quando tocam ao chão;

Ali, parado, hipnotizado, apenas sou espectador, enquanto ela desenvolve pelo assoalho sua pura coreografia de esplendor;

Já estou vencido, quando ao se aproximar me fixando o olhar, deixa sobre meu inerte corpo um de seus pés repousar;

O toque é fatal, como de uma naja quando pica sua presa, fico imobilizado, sentindo apenas seu toque;

Começa a percorrer meu corpo, vou sentido a maciez passeando por cima do meu corpo, cada movimento seu sobre mim, me faz sentir ondas e mais ondas de choque, entro em estado de nirvana, ela continua com seu pé passeando, explorando toda extensão do meu corpo;

Logo chega ao meu rosto, me olhando nos olhos, repousa sobre minha face seu instrumento de dança, de encanto, sobre meu rosto esta seu delicado pé, o faz passear, sinto seu perfume, quando passa sobre meus lábios é inevitável não deixar a boca se manifestar, um beijo, seguido de um leve abrir de boca, logo seus dedos abrem meus lábios, como se estivessem brincando com eles, é um convite, prendo entre os dentes seus delicados dedos, os beijo, nessa hora o mundo já não faz mais sentido, apenas aquele momento, único, nesse momento sou só seu, você é dona da situação, quando fito seus olhos vejo que estão fechados, curtindo também o meu agrado;

Intensifico em minha boca já não há mais somente seu delicado pé, vou subindo passeando meus lábios em suas pernas, explorando cada centímetro delas, a bailarina fatal se rende, deixa seus joelhos se dobrarem, suas vestes leves facilmente se abrem ao passar das minhas mãos, trago o abraço mais apertado, colo seu corpo ao meu, logo sinto sua respiração ofegante a minha frente, meus lábios sedentos vão de encontro aos seus, receptivos, um novo bale acontece, desta vez sou coadjuvante, nossas línguas em perfeito entrosamento bailam, os olhos cerrados, minhas mãos passeiam por toda extensão do delicado, macio, perfumado e alvo corpo, simultaneamente os olhos se abrem, se encaram, consigo ver através deles sua alma, sua essência, mais uma vez estou perdidamente apaixonado, como se fosse à primeira vez, a trago de encontro ao assoalho, repouso seu corpo sobre o meu, e abraçados peço para esse sonho nunca terminar.

terça-feira, 1 de novembro de 2016


 
DEUSES a Batalha Final

Na antiguidade, no começo de toda a criação o mundo contava com a presença dos deuses na terra, os quais regiam seus dominós e seu povo. Um mundo imenso, em que as fronteiras não se tocavam, cada uma das três grandes terras que haviam, tinham seus deuses, poderosos, venerados, eles não sabiam da existência de outras divindades além de seus domínios, reinavam imponentes sobre seus domínios.

A jornada de um homem pelo mundo trouxe a revelação de que havia outros povos e juntamente com esses novos povos, havia outros deuses.

Ao retornar de sua jornada a sua terra natal na península escandinava, o homem levou ao conhecimento de seu deus rei, Odin, o rei dos deuses, a existência de um reino onde muitos deuses governavam, uma terra onde o próprio sol era o  seu deus, chamava-se Amon-Rá, era de poder infinito e reinava soberano sobre todas as suas terras, Odin não sabia da existência de outro deus além dele seus deuses comandados, não poderia haver na terra outra divindade poderosa, resolve Odin ir ate as novas terras a fim de desafiar o deus sol, Amon-Rá, dando inicio a uma batalha de divindades. Mas, esse despertar de forças sobrenaturais chama atenção de um terceiro reino, do alto de seu imponente monte no mediterrâneo,  Zeus o senhor dos céus resolve conferir esses outros reinos que se despertam, dando assim o encontro dos três grandes deuses e seus deuses aliados.

Uma batalha por poder, conquista, domínio, para definir que é o único e verdadeiro deus, em meio a isso tudo, a humanidade, os mais fracos, que sofrem com a fúria dos deuses em guerra, mas, em seu meio há um homem especial que fara toda diferença nessa batalha de deuses, definindo o futuro de cada um deles.

O mundo não será mais o mesmo depois dessa batalha épica, todas as lendas são verdadeiras.

Venha descobrir o final dessa grande batalha a qual definiu o mundo atual. Por que os deuses viraram mitos e lendas? DEUSES a Batalha Final, o novo livro de Marcelo Jamal, em breve nas livrarias.

terça-feira, 5 de abril de 2016

UMA DANÇA, UMA FILOSOFIA DE VIDA, UMA RELIGIÃO?



                                                                              Por: Jamal


A dança do ventre é além de uma dança, pra mim ela é uma filosofia de vida, uma dança simplesmente mexe com nosso humor, prazer e melhora o desempenho corpóreo, já a dança do ventre ela é completa, mexe com a índole, caráter, o comportamento, o corpo internamente e externamente, o humor, a satisfação, a nossa cultura e muitas outras coisas, cada pessoa sabe os benefícios que a dança do ventre traz, então ela não é mais uma simples dança como é o samba, o forro, o ballet, ela é além de uma dança uma filosofia de vida ou mais, uma religião onde a sua prece é através do corpo com seus movimentos. Todos que se envolvem com a dança do ventre passam a conviver com a sua cultura, suas historias, procura sempre estar envolto do seu ambiente, tenho certeza que todas aqui se pudessem teriam uma casa 100% decorada no estilo árabe, usariam as roupas típicas e se fartariam em sua culinária, esse despertar, esse anseio por essas coisas é da dança, quando se entra nela é como se desligasse a chave do mundo ocidental e ligasse a chave do mundo oriental antigo.

Quem faz dança do ventre não dança por dançar, dança por prazer, se ficar sem dançar ou ensaiar o corpo sente falta, é como um vicio, porem, um vicio bom, a bailarina de dança do ventre na minha opinião esta no degrau mais alto da feminilidade sempre acima das mulheres que não praticam a dança, elas tem sempre um algo a mais, o sorriso delas é o mais brilhante, o olhar mais penetrante, o toque mais envolvente, a beleza mais aflorada, quando andam parece que saem de dentro delas milhões de flores e espalham seu perfume pelo ar, quando trajadas para dançar parecem deusas, o tempo para, os olhos fixam na dança, o coração acelera, a boca seca, o corpo treme, o mundo pode estar em caos e você não tem outra coisa a pensar além da bela dança que esta a sua frente, aquele momento é único, divino, especial, é a bailarina dançando e você ali, parado, hipnotizado como um servo fanático pela sua crença, que o tempo demore a passar, que o derbake nunca se cale e que a bailarina jamais pare de bailar.

A dança do ventre é uma filosofia de vida, é uma religião para quem a pratica e também para quem a assiste, para quem vive dentro do seu universo, eu sou um assíduo praticante da “religião” dança do ventre em sua totalidade, todos os dias assisto os maravilhosos vídeos no youtube de diversas bailarinas brasileiras e internacionais.

Gosto de ler artigos, estudar sobre os movimentos, os ritmos, os sons, os instrumentos, a cultura, a origem, a evolução, e principalmente sobre as nossas divinas bailarinas, e sou um privilegiado pois é no Brasil que estão as melhores bailarinas.

Todas mulheres deveriam conhecer um pouco da “religião” dança do ventre, tenho plena certeza que isso as faria serem muito diferentes, sentiriam o corpo de dentro pra fora, seriam envolvidas pela cultura maravilhosa, seriam de fato mulheres.

Que todas sempre encantem com sua divina dança.

Boa dança a todas

Bailarina foto: Joyce Françoso

quarta-feira, 30 de março de 2016

A EVOLUÇÃO DO NARGUILÉ (SHISHA)


por : Jamal
 

O narguilé instrumento de fumar tabaco aromático tão comum no oriente médio e parte da Ásia, entrou definitivamente nas Américas, o Brasil e um grande exemplo disso, nos últimos quatro anos o narguilé deu um “boom”, hoje é comum em qualquer festa ter a presença de um narguilé, sempre que se reúne uma roda amigos lá esta presente o bom narguilé, existem até lounges para se fumar narguilé.


A evolução do narguilé foi grande nos últimos anos, se verem algumas postagens antigas que falo de narguilé, verão que muitas coisas mudaram, como as essências, eu falava das melhores que era praticamente impossível de se conseguir no Brasil, hoje você as compra com facilidade na internet, como exemplo a Tangiers, temos novas marcas como Mazaya, Zomo, Al Rayan e Adalya entre outras, que são de um sabor sem igual e falando em sabores existe uma infinidade de novos sabores, hoje também contamos com acessórios que fazem a sessão da fumada ficar muito mais agradável, como por exemplo, os controladores de calor, que além de substituir o alumínio eles controlam a temperatura no rosh e ainda fazem a função do abafador, e pra quem gosta do tradicional alumínio hoje vendem folhas grossas que não rasgam facilmente e evitam que o carvão ceda e encoste-se à essência, as mangueiras são um show a parte, feitas de plástico ou silicone a prova de fogo, você pode lava-las e não tem o risco das tradicionais de enferrujarem por dentro, além do fluxo que é muito melhor, agora falando em fluxo, os novos narguilés disponíveis no mercado dão um show, você pensa em puxar a fumaça já esta em sua boca, chega de fumar os tradicionais narguilés com fluxo pesado, hoje os novos narguilés tem fluxo totalmente livres, (se bem que um caminho longo e pesado acentua o sabor da fumada). Existem uma infinidade de acessórios para você “tunar” o seu narguilé, como vasos decorados, capas de mangueiras, abafadores, rosh dos mais diversos tipos e desenhos, tapetes de borrachas de proteção, bolsas para transportes, sistemas para evitar de subir agua quando sopramos e eficientes respiros que soprando o mínimo ele da evasão a toda fumaça do vaso.
 

Parece que o Brasil entrou de vez na tradição oriental do uso do narguilé, ah, eu ia me esquecendo de um importante detalhe, todos os narguilés comercializados são de uma única saída, isso é o mais importante, o narguilé é feito pra se fumar socializando, passando a mangueira de mão em mão, aquela coisa de duas, três ou mais saídas era uma furada, ficava cada um com sua mangueira e acabavam não se socializando, no oriente médio é uma regra fumar na mesma mangueira, isso demostra amizade e companheirismo. Boa baforadas a todos e viva o velho e bom narguilé (shisha).
 

segunda-feira, 28 de março de 2016

DANÇEM COM SEUS SENTIMENTOS


                                
                                                           por: Jamal


Olá habibits, espero que esteja tudo bem com vocês.
Vamos falar um pouco de sentimentos, sim, sentimentos, é o que seres biológicos são capazes de sentir nas situações que vivenciam, existem os bons sentmentos e tambem outros nem tanto, mas, se falando em dança do ventre acho que é impossivel existir outro tipo de sentimento a não ser o bom sentimento.

Eu fico às vezes a me imaginar no lugar da bailarina, dançando, criando em mim minhas coreografias, refazendo os ritmos com meu corpo, pois como um mero expectador eu sou invadido por uma onda gigante, ou melhor, um tsunami de sentimentos bons ao ver uma apresentação de dança do ventre, eu sinto um arrepio que fica percorrendo meu corpo todo durante toda a apresentação, a cada movimento do corpo da bailarina junto com a batida da musica cria-se ondas de arrepio em mim, um sentimento tão bom, me eleva a um estado de excitação pleno, como se naquele momento não existisse nada além da dança, como se ela fosse meu ar que preciso para viver.

Bom se em mim, um simples expectador sinto tudo isso, fico pensando como seria dentro da bailarina quando ela esta dançando, deve ser algo fantástico, deve ser como estar vislumbrando as estrelas no próprio espaço, deve ser como ver a mais bela paisagem que existe, provando a mais doce das frutas, recebendo o melhor dos presentes, entrando no estado de nirvana, acho que jamais sentirei o que sente uma bailarina do ventre e mesmo que sentisse tenho certeza que seria 10% do que ela realmente sente, afinal como sempre falo, a dança do ventre é para mulheres, elas são as portadoras da dança, só elas podem sentir todas as emoções que a dança lhes oferece. Por isso quando dançarem deixem aflorar seus sentimentos, entrem no universo dança que se forma dentro de vocês, dancem para vocês primeiramente e isso encantara o mundo, a melhor dança é aquela que se é feita com a alma, com os sentimentos aflorados, não tenham medo de expor os  seus sentimentos, sejam envolvidas por eles, deixe-os conduzi-las, tenham certeza que os sentimentos farão a sua dança  muito melhor.

Mais uma vez agradeço ao vídeos que recebo em meu e-mail para analise, fico encantado com todos eles, pois vejo que muitas estão dançando com a alma e isso é divino para a dança do ventre.

Um grande abraço e boa dança a todas

quinta-feira, 17 de março de 2016

O EXCESSO DE MOVIMENTOS


                                                                                                                                     por:  Jamal Marzuq
 
Olá rakssas, faz tempo que não escrevo né?

Espero que esteja tudo bem com vocês, bom vamos lá, tenho ido a algumas casas onde se tem apresentações da maravilhosa dança do ventre,  que amo bem grandão tudo isso, acho que deveria existir uma casa tradicional árabe com dança em cada esquina de todas as cidades do país, com certeza seriamos um país bem melhor, pois a dança traz alegria ao coração, vida a alma, seriamos pessoas muito mais felizes e humanas. Bom, mas, estou aqui pra falar da dança, e a dança continua maravilhosa, mas, (risada), sempre tem o, mas né? Acontece que esse “mas”, que eu quero falar não é tão ruim assim, vamos explicar, o tal “mas” é sobre o excesso de dança na dança, ou seja, o excesso de coreografia na apresentação sabemos que a dança do ventre é ilimitada, a bailarina pode criar infinitos movimentos, mas, não colocar tudo em uma só dança. O que vi ultimamente são danças cheias dos mais variados movimentos, parece que a bailarina quer mostrar todo seu repertorio em uma única musica, ela chega a fazer 3 segundos de cada movimento quando termina a musica a bailarina fez em media uns 50 movimentos diferentes, e muitas vezes, alias, todas às vezes a musica não esta pedindo tais movimentos, lembram do que escrevi em uma postagem lá atrás, vocês dançam conforme a musica pede, tem musicas que pedem só quadril, tem musicas que pedem braços, e assim por diante, não adianta colocar tudo que aprendeu e desenvolveu em uma única musica, por que assim ficara limitada e todas as outras musicas que dançar se parecerão com a anterior, guarde-os, não gaste seu repertorio em um dia, e mais do que isso, dance aquilo que a musica pede e não colocando elementos que ela não esta pedindo pra você, dance com a alma, sinta aquilo que a musica te pede e dance somente aquilo, ai sim teremos uma magnifica e impecável apresentação. Continuo amando e admirando todas vocês, mesmo com alguns excessos (risadas), pois abrilhantam o mundo com suas danças lindas bailarinas ventranas.

Um abraço apertado e carinhoso a todas, boa dança a todas.