por: Jamal Marzuq
Sabemos que a dança do ventre vem
de uma cultura milenar, onde alguns estudos revelam que ela foi criada para a
fertilidade da mulher, onde ela busca através dos movimentos um interagir com
forças naturais contidas no País onde foi criada.
“A
dança do ventre é uma famosa dança praticada originalmente em diversas regiões
do Oriente Médio e da Ásia Meridional. De origem primitiva e nebulosa, datada
entre 7000 e 5000 a.C, seus movimentos aliados a música e sinuosidade semelhante
a uma serpente foram registrados no Antigo Egito, Babilônia Mesopotâmia,
Índia, Pérsia e Grécia, e tinham como objetivo preparar a mulher através de
ritos religiosos dedicados a deusas para se tornarem mães.” (texto
tirado da wikipedia).
O Egito, berço da dança do ventre,
tem todo um mundo místico em cima dessa cultura, foi em seu solo a milhares de
anos atrás que surgiu a fantástica “dança dos quadris”, a tão amada dança do
ventre, e digo amada por que a bailarina que a pratica a ama, é como se fosse
uma religião, perguntem a qualquer bailarina do ventre o que a dança significa
a ela, tenho certeza que todas dirão a mesma coisa, que a dança é tudo pra elas.
Dançar em solo egípcio deve ser
uma experiência única para uma bailarina de DV, acho que todas as bailarinas deveriam colocar seus
pezinhos sobre aquele solo, e pegar dele a energia que lá existe, a experiência de dançar em solo egípcio é o limiar de uma bailarina, pois
acho que ao andar pelas cidades antigas, sentir o cheiro, o vento, o clima, os
sons, o corpo deve responder ao chamado da terra, devem sentir algo dentro de vocês
que as rementem ao passado, é como se tudo aquilo fosse algo comum, fosse seu
mundo, a bailarina de DV não é uma mulher qualquer, já disse varias vezes isso,
ela é especial, pois tem dentro de si uma ligação com o passado, por isso todas
as bailarinas são incríveis, tem algumas mulheres que tentam fazer dança, mas
desistem, são aquelas que não tem dentro de si a chama acesa do passado. Nós
homens, podemos ir centenas de vezes ao Egito, jamais iremos sentir o mesmo que
uma bailarina sentirá, podemos nos encantar com as belezas visuais deixadas
pelos egípcios, com a cultura, os sabores, mas jamais nos encantaremos pela
terra, pelo cheiro, pela agua, pelo vento, pelo sol, pelo deserto, é uma relação
única que somente a bailarina pode sentir.
A Bailarina da Terra (Jamal Marzuq)
“Os pés descalços tocam o solo, chão
sagrado, místico clima envolvente.
Baila sobre ele linda bailarina, sublime,
ardente.
Deixa para mim apenas seu olhar,
e com seus giros se vai.
Mãe terra, dona do céu e do mar, me
traga-a de volta, não me faça chorar.
Divina bailarina dos olhos
amendoados, do corpo esguio do sorriso largo.
Dona de todo o Oriente, senhora
dos movimentos de serpentes.
É rainha suprema, e do chão da
terra tira toda sua energia, me encanta com a sua doce magia.
Um dia tenho certeza que cairão diamantes
do céu, jogados como retribuição pelos toques de seus pés no chão.
O poder que exala de ti, querida
bailarina, a Mãe terra agradece, por mais um dia de sua vida.”
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