PROVÉRBIOS ÁRABE DO DIA:

"Dança do ventre, é a modalidade de dança que melhor simboliza a essência da criação, onde se agradecia o milagre da vida, louvando, com dança e oração, o prazer, o nascimento e a sensualidade feminina."

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

OS TIPOS DE DANÇA DO VENTRE E SEUS ARTEFATOS



A Dança do Ventre é uma arte que encanta homens e mulheres há séculos, talvez mais do que séculos, diria milênios, encanta com sua beleza, mistérios, graça e sensualidade. Ao longo dos anos recentes essa dança foi se enriquecendo e tendo alguns elementos da dança moderna adicionados, como as bases do Ballet clássico (praticamente é hoje a base usada em todas as escolas). Já o aprofundamento de algumas bailarinas no estudo dessa dança pode permitir a fusão dessa arte milenar com artefatos moderníssimos como o Swing poi, por exemplo. Mas de quantas formas podemos interpretar essa dança nos palcos? Quais artefatos podemos usar na dança do ventre? Quais os tipos de dança do ventre que podemos dançar?
Dúvidas comuns para as bailarinas e futuras bailarinas, então vamos tirar alguns esclarecimentos sobre a dança:

Dança do ventre Tradicional: Pela lógica a dança tradicional é aquela que é dançada no país que consideramos de origem, por exemplo, o Samba é uma dança tradicional do Brasil. Dança do ventre tradicional é a dança do ventre executada na sua forma mais original, ou seja, é a dança do ventre “pura”, se é que podemos chamar uma dança milenar de pura. Trata-se de uma dança mais descontraída e popular. A música geralmente é mais homogênea, não contendo tantas variações na contagem de tempo. O traje é o tradicional de duas peças.

Dança do ventre Clássica: Como já sugere o nome possui bases e influencias de movimentos do Ballet clássico como, movimentos de giros, pés em meia-ponta, postura elegante de bailarina, além de braços clássicos bem definidos. Tudo isso associado aos movimentos da dança do ventre é claro! É dançada na música clássica feita por uma orquestra é lógico! Mas não uma música clássica comum, mas sim a música clássica Árabe e oriental. São músicas lindíssimas que possuem muitas variações de ritmos, são bem longas podendo variar de 6 minutos até 13 minutos, possuem introduções instrumentais longas em torno de 1 minuto. A bailarina pode usar o traje de 2 peças ou um vestido se estiverem bem caracterizados para a música. Na maioria das músicas clássicas fica maravilhoso se a bailarina fizer uma entrada com véu.

Dança do ventre moderna: Muitas das músicas de Oum Koulsoum foram regravadas com uma interpretação mais moderna, além do surgimento de novos cantores trazendo para a música uma nova roupagem com influências mais populares e ocidentais, mas mantendo seus ritmos característicos. Para poder acompanhar a modernidade da música, ao dançar a bailarina deve estar de preferência usando um traje mais moderno assim como a sua interpretação coreográfica.

Folclore Árabe: As danças folclóricas de origem árabe e oriental são muitas, cada uma com sua história, localização, roupas e artefatos característicos, música e a população que a dançava. Podemos dançá-las de maneira mais fiel possível com todas as características da dança, também podemos dançar traços suaves delas quando aparecem levemente representadas em músicas clássicas e também podemos dar uma interpretação moderna a esses folclores. Esses são alguns exemplos dessas danças:
Said (Dança do bastão ou bengala), Baladi, Gawasi, Khaleege, Dabke, Meleah laf, Dança do jarro, Dança das flores, Karcilama, dança Núbia, Fallahi, Haggala Tribal.

Artefatos que você pode usar na Dança do ventre:
Espada, Punhal, Pandeiro, Véu duplo, Véu de seda, Véu tradicional, Véus Wings, Bastão, Bengala, Véu poi, 7 véus, Snujs, Taças, Candelabro, Cesta de Flores, Jarro, Serpente.

(algumas citações foram tiradas da internet sem saber qual a fonte original para creditar).





As danças “Ventranas”

por: Jamal Marzuq

Elas, sempre belas, pairam sobre o palco, Bailarinas do Ventre ou simplesmente “Ventranas”.
Ah! Como sou louco por elas, que giram, giram, parecem ligadas a manivela, me levando em seus giros ao mundo novo, porem muito conhecido.
Elas tem armas de pura sedução, armas de encantamento, armas de persuasão, quando se alia a elas belas Bailarinas Ventranas, me deixa sem ação, pois já estou pego em seu jeito meigo, estou pego definitivamente, preso em seu mundo, preso dentro de seu coração.
Vem com véus esvoaçantes, vem com taças flamejantes, vem com curvos bastões, às vezes tem fogo sobre ti, às vezes agua em jarros dourados, reluzentes, ocultos atrás de belo olhar.
Bailarinas divinas, que ocupam os espaços dançando, com seus véus jogando, vibrando, balançando, coloridos, suaves, leves, divinos, enfeitam o mundo, em cores e movimentos sincronizados, ah que bom, ter o dom da visão para tudo isso deslumbrar.
Mulher , diva, deusa, princesa, sim simplesmente bailarina Ventrana, que soma tudo isso dentro de si, unida a sua dança magica com seus variados artefatos magicos, é para todo o sempre minha fonte de inspiração, minha musa, minha vida, sem você sou apenas mais um, comum, em vão, dedico a todas bailarinas Ventranas este simples poema, que posso ser soado em uma linda canção.


bailarina foto: Alex Delora (Ukrania).

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

JAMAL ENTREVISTA - SILENE SANTILLI



  





Entrevista com a Bailarina Silene Santilli Bailarina Internacional, Professora de Yoga e Professora de Dança do Ventre (CREF-018559-P/SP), Proprietária da Escola Maktub na Cidade de Marilia-Sp, confiram:











Jamal Marzuq - Silene, quero a agradecer por estar nos concebendo esta entrevista para o Blog, falando um pouco sobre seu trabalho dentro e fora do Brasil.
Silene Santilli -  Querido Jamal é uma honra, poder estar dividindo um pouquinho da minha Jornada com você e as nossas amigas bailarinas.

JM - Como foi a sua iniciação Dança do Ventre?
Silene Santilli - Meu primeiro contato com a dança foi 2000, por meios virtuais, nessa época não havia a disponibilidade de tantos artefatos para nós iniciantes e dança não era tão conhecida como é hoje, havia pouquíssimas professoras no interior.

JM - É uma paixão (dança do ventre)?

Silene Santilli - Eu digo que é mais do que Paixão, pois paixão uma hora acaba, eu acredito que seja Amor, pois uma vez flechado, é para sempre, um Casamento mesmo!


JM - Você teve experiências fora do Brasil, como dançar em outros Países, nos conte um pouco dessa experiência única?
Silene Santilli  - Foram experiências maravilhosas, que tive a oportunidade de vivenciar, Aprender principalmente nada como beber da fonte e andar de pé no chão com eles estive dançando em resorts de Hurgada (Egito), dançando em festivais no Cairo. Foi um presente de Deus.

JM - Me fale do Egito, é verdade que existe uma magia lá para as bailarinas?
Silene Santilli  - Acredito que seja o sonho de qualquer bailarina pisar num palco egípcio, é diferente sim, a energia, a entrega dos músicos, a emoção de estar dançando para grandes Mestras da dança Oriental, é indescritível.

JM - Eu disse em uma matéria recente postada no  Blog que comparo a Dança do Ventre ao Yoga em forma de dança, você como profissional na área da dança e do yoga concorda?
Silene Santilli  - Embora sejam coisas distintas, não consigo separar minha dança do yoga, pois através do yoga que consigo trabalhos de chão sem esforços, flexibilidade e maleabilidade muscular, equilíbrio em giros e concentração ajuda demais no controle das emoções, principalmente ao entrar em cena, eu recomendo a todas as bailarinas.

JM - Espadas, candelabros, véus, jarros, adagas, são acessórios que se acrescentaram a Dança do Ventre, você com sua experiência em terras nativas da dança, nos conte se lá também se usam esses acessórios?
Silene Santilli  - Algumas dessas danças são apenas danças fantasias, as mais conhecidas lá são usadas em cortejos de casamento como o candelabro e em shows em resorts, bengalas foi o máximo que vi, nós ocidentais usamos muito mais adereços do que os nativos.

JM - Alguma aluna nível avançado formada em sua escola ministra aulas, e o que você acha de alunas intermediarias, às vezes até iniciantes que se aventuram ministrando aulas?
Silene Santilli  - Acredito que a dança seja para todas, mas ao dar aulas, é o X da questão, ela tendo um bom preparo tendo passado por todas as fases, e tendo o comprometimento de sempre estar estudando e se aperfeiçoando não vejo problemas é importante espalharmos pelo mundo sementes e deixar o nosso legado de respeito e Amor a Cultura Oriental.

JM - Quais os benefícios a Dança do Ventre lhe trouxe?
Silene Santilli  - A dança do ventre mudou a minha vida, me trouxe autoestima,  a mulher que dança é muito mais feliz, e quem experimenta a felicidade não se contenta mais com a tristeza é a plenitude de uma mulher se encontrar e despertar o que estava adormecido.

JM - Temos um assunto rolando no Blog sobre a profissionalização da dança do ventre e a criação de uma associação de classe, qual sua posição referente a esse assunto?
Silene Santilli -  Hoje em dia temos muitas ramificações da dança, acho que toda bailarina professora ou aluna tem que estar sempre se aperfeiçoando, estudando bebendo de outras fontes, desde que seja com pessoas sérias, estudiosas não vejo problema agora em questão classe deveríamos nos preocupar não com títulos, pois isso não significa nada e sim com a “classe” dentro da dança, respeitando umas às outras, dividindo, somando conhecimentos, isso é o que realmente vale.
  
JM - Em algum momento se desencantou com a Dança do Ventre?
Silene Santilli -  Sim, infelizmente, tive algumas decepções dentro dança o Ego de bailarina, a briga de lantejoulas, mas foi superado com uma mudança de pensamento em seguir a minha verdade com humildade e respeito, e aprendendo com algumas dessas bailarinas o que nunca eu deveria fazer com outra, pois o ego destrói.

JM - A Dança do Ventre é uma dança Árabe, você acha que para aprender a dança do Ventre deve-se aprender também a Cultura Árabe?
Silene Santilli  - com toda certeza, você precisa saber, conhecer e estudar a cultura, isso é o respeito e seriedade, para  que ela nunca deixe de existir, não dá pra separar uma coisa da outra.

JM - O curso que fez de Fisiologia e Anatomia ajuda na hora de dar as aulas de Dança? Como?
Silene Santilli  - Sou credenciada pelo CREF, fiz cursos complementares na UNESP e UFMU de Anatomia e Fisiologia.
JM - Defina a Dança do Ventre, o que ela é pra você?
Silene Santilli  - Dança do Ventre é Amor, Respeito, Seriedade e dedicação é uma União para o resto da vida, não consigo me ver sem ela e todos os dias aprendo mais e mais e sempre continuarei aprendendo.

JM - O que você melhoraria na Dança do ventre no Brasil?
Silene Santilli  - Então, eu vejo a dança se perdendo um pouco, hoje você não vê bailarinas tão elegantes como as de antigamente, com classe, com dramatização o que vejo hoje é uma técnica violenta, mas pouca entrega eu mudaria o sentir, o que preciso para se dançar é coração, dançar com alma, emoção e energia, fazer a diferença e espalhar luz ao dançar.

JM - As pessoas que tiverem interessadas em aprender a Dança do Ventre, contratar workshops, shows deve-a contatar como?
Silene Santilli  - www.silenesantilli.com.br

JM - Quero agradecer pela entrevista, que cada vez mais o sucesso se faça presente em sua vida, e gostaria que deixasse uma mensagem ao nosso blog.
Silene Santilli  - Eu que agradeço a  oportunidade de poder falar o que penso e sinto a respeito da dança. Um grande beijo a você e a todas as colegas de dança e amantes da cultura oriental.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

O NARGUILE EXPLOSIVO.



por: Jamal Marzuq

O narguilé explosivo, ultimamente estamos vendo diversas matérias relacionadas ao narguilé, primeiro é que ele faz mal a saúde, que é como se fumássemos 100 cigarros, agora que ele explode e pode ser fatal.

Bom “Habibas”, sei que muitas usam e apreciam o saboroso e refrescante shisha (narguilé), vamos então comentar sobre esse assunto no blog.

MALEFÍCIOS A SAÚDE:

O Shisha é um tipo de cachimbo de água, criado na China e difundido ao mundo pelos Árabes e Turcos, ainda hoje seu consumo é gigantesco nos países asiáticos, sendo usados diariamente varias vezes ao dia.
 Vamos falar sobre os seus malefícios: é claro que como todo tipo de fumaça ele não faz bem a saúde, mas também ele não é como o cigarro, e nem próximo de uma sessão de Shisha ser equivalente ao consumo de 100 cigarros, se fosse assim os árabes estariam todos com câncer e morreriam cedo devido aos malefícios que ele lhes causaria, e o que vemos é o contrario, os árabes tem uma grande longevidade e não se tem causos de câncer de pulmão, esôfago, laringe, garganta, língua, boca, onde é costumeiro ter por causa do uso frequente de cigarro. O que temos no shisha é sim a emissão de uma quantidade de fumaça equivalente a 100 cigarros, mas não que ela seja idêntica a do cigarro, pois no shisha o fumo usado é muito diferente do cigarro, sim se usa tabaco no shisha, mas é o tabaco puro colhido curado e cortado, misturado ao melaço ou mel e agentes de aroma e sabor. Já esta ai uma diferença do cigarro, mas continuemos, no shisha também não temos o calor que é grande causador de feridas e câncer na boca e língua por que no cigarro a fumaça vem quente devido à queima do tabaco no shisha isso não acontece, pois a fumaça quando entra em contato com a agua é resfriada imediatamente vindo gelada ate nossa boca com isso reduzindo ao máximo risco de micro queimaduras na boca e língua, também o tabaco não é queimado de forma direta e sim aquecido, pois em momento algum o carvão tem contato com ele, apenas o calor liberado do carvão aquece o tabaco e o melaço liberando a fumaça. O único problema do shisha é o carvão que este sim pode liberar substancia nocivas a saúde, mas facilmente resolvido usando carvões de fibra de coco, pois eles reduzem ao máximo a emissão de gases nocivos a nosso corpo.
Também no shisha não tragamos como o cigarro, pois um fumante de cigarro puxa a fumaça enche os pulmões consegue conversar e depois solta a fumaça, nota-se que quando sai a fumaça ela sai bem fraca sendo que metade foi absorvida pelos pulmões, no shisha é diferente, você puxa uma grande quantidade e solta imediatamente, causando ate admiração de quem vê a fumaça saindo de sua boca pela grande quantidade exalada. O que devemos fazer é usar boas essências, uma shisha grande (quanto maior o caminho da fumaça ate a boca é melhor a filtragem e o sabor) e carvões naturais, ai teremos o máximo do sabor e um pouco mais de segurança a nossa saúde, mas como já disse no começo, também a shisha faz mal a saúde, mas em uma escala muito reduzida a do cigarro.

EXPLOSÕES:

Bom, agora vamos comentar sobre as explosões que temos visto em vídeos pelo Brasil afora, e uma que aconteceu recentemente que esta em evidencia na mídia.
O shisha é feito pra usar somente água, pode se normal, filtrada, gelada, com gelo, do rio, do mar, da torneira, da chuva, mas usa-se somente agua, pois ela serve para resfriar a fumaça e filtrar as cinza que possa vir do carvão, somente para isso. Então nada de colocar whisky, vodca, leite, café, Coca-Cola, álcool no vidro base.

O carvão também deve ser aceso com uma vela e muita paciência, no fogão de casa ou com um isqueiro maçarico que é o mais indicado, o shisha requer paciência para fuma-lo, é uma terapia, um ritual, você prepara o vidro base, prepara o fornilho com a essência, alumínio, os furinhos tudo com calma, na hora de acender o carvão também é igual. Com calma, o acenda completamente e use-o somente quando estiver 100% em brasa (vermelho), agora o que acontece é que leigos que não conhecem nada da cultura do shisha querem se aventurar por modismo e acabam cometendo essas burradas que vemos nos vídeos, jamais tente acender o carvão com álcool, isso não existe, ate por que o carvão não é igual ao carvão de churrasco, se você tem pressa de fumar compre carvões com pólvora, pois eles acendem instantaneamente, mas tem um gosto horrível, mas é melhor fumar com gosto ruim do que ter o corpo todo queimado por burrice e pressa.

O certo era o shisha ser usado somente por pessoas que conhecem sua historia sua cultura, pois seu uso é sempre em ocasiões festivas ou uma reunião com amigos, sempre em um lugar apropriado, em um momento apropriado, mas hoje devido aos meios de comunicação, principalmente as “novelas”, vira modismo, pessoas acabam comprando para uso e também presenteando outras, que vão se aventurar sem antes conhecer a fundo o que realmente é o shisha.

A todas boas sessões de Shisha, e boa dança.