PROVÉRBIOS ÁRABE DO DIA:

"Dança do ventre, é a modalidade de dança que melhor simboliza a essência da criação, onde se agradecia o milagre da vida, louvando, com dança e oração, o prazer, o nascimento e a sensualidade feminina."

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ANATOMIA E CINESIOLOGIA APLICADAS À DANÇA DO VENTRE.

 
                                                                                                                          por: Luciaurea Faruk

As estruturas coluna, quadril e pé são muito importantes na prática da dança, sem comentar as outras como a cintura escapular, as articulações dos pulsos, das mãos e dos dedos, largamente utilizados em movimentos de ondulações diversas.

Na dança, o andar é aplicado de forma contrária ao do ciclo da marcha, em que o calcanhar contata a superfície do chão e em seguida, o apoio é transferido para o metatarso. O andar na meia ponta alta proporciona um ar de elegância, principalmente se o apoio é realizado do metatarso para o calcâneo, quando se utiliza o pé inteiro no chão.

É igualmente necessário compreender como ocorre o processo cinesiológico do corpo ao dançar. Não pensamos em como funciona nossa movimentação quando estudamos o corpo na dança. É preciso notar a movimentação pélvica na dança, e o impacto que esta causa na coluna. Na marcha natural, existe um movimento sutil onde uma ligeira rotação pélvica diminui a ondulação vertical, na qual a pelve oscila sobre o eixo da coluna lombar. Quer dizer que, durante o passo, o grau de compensação da pelve diminui o ângulo, entre a pelve e a coxa, e a perna e o solo. Isso significa que ocorre uma inclinação pélvica, um leve balanço. Podemos dizer que a perna de apoio sofre uma adução, e, que a perna em movimento, uma adução muito leve, estando fletida no quadril e joelho, para se erguer da superfície e iniciar um novo ciclo.

Na Dança do Ventre, isto ocorre de forma mais intensa, solta, e, ou, forte, em relação aos eixos do corpo. O shimmy na articulação do quadril ocasiona uma oscilação muito maior sobre o eixo da coluna lombar em que a pelve se movimenta. A inclinação pélvica é ainda maior no caso do Shimmy Soheir Zaki, e também temos uma adução considerável da perna de apoio.

A flexão do joelho durante a fase de apoio é imprescindível na marcha comum. Muito mais na Dança do Ventre. Na marcha comum, o joelho se estende quando o calcanhar toca o solo, iniciando a fase de apoio para a perna, e o corpo se desloca sobre o seu centro de gravidade com o joelho fletido, passando sobre o pé e o joelho, gradualmente, estendendo-se novamente, até uma nova extensão no fim da fase de apoio. A flexão aqui não é uma flexão grande.Trata-se apenas do relaxamento da articulação.

Na Dança do Ventre o deslocamento ocorre de forma contrária. Parte-se com o joelho levemente estendido com o metatarso tocando o solo, deslocando o corpo sobre o centro de gravidade, relaxando o joelho, quando o pé inteiro toca o solo.

É muito importante notar que se a conjugação de movimento entre joelho e tornozelo, relaciona-se com a ondulação da pelve na marcha normal, na Dança do Ventre isso acontece de forma mais visível. Na marcha comum, durante o apoio do metatarso, o tornozelo realiza uma planiflexão e gradualmente flete, em sentido plantar, para se estabilizar no chão enquanto o corpo se aproxima do centro de gravidade e o quadril tem tempo para se estabilizar novamente. Como na dança aplicamos o andar inverso, ou seja, da ponta para o calcanhar, obtemos maior leveza e uma diminuição de peso considerável para que a pelve ondule livremente numa amplitude maior.

A atividade muscular possui, então, um papel de grande importância para a realização do deslocamento, pois trabalham juntos, os músculos da coluna, quadril, abdome e perna.

É importante a conscientização de que tipos de movimentos e posturas do membro inferior afetam pelve e coluna. Podemos observar concretamente que todos os músculos, mesmo as cadeias musculares mais distantes deste ponto, são solidários, auxiliam uns aos outros, para a realização de uma marcha.

Uma outra coisa extremamente importante é a influência do estado psico-emocional no comportamento da estrutura.

Fazendo notar, que o estado psico-emocional de uma pessoa pode alterar a maneira como ela anda e utiliza o próprio corpo, podemos citar Feldenkrais, que disse certa vez "A única coisa que você pode mudar é a maneira como você faz o que você faz". Isso nos leva a pensar que a musculatura funciona através do hábito. A cada repetição de um movimento, o corpo se organiza e vai assumindo uma configuração específica que vai se confirmando no tempo.

Uma má mecânica da unidade pélvica na prática do shimmy, por exemplo, devido a uma prática inadequada ou excessiva, e o emprego contínuo e exagerado de forças, provoca desequilíbrios e sobrecargas anormais, gerando dor no quadril, joelho ou coluna. Desenvolvem-se síndromes e patologias em função do uso excessivo, das sobrecargas nas articulações, e a pessoa começa a sofrer restrições nos movimentos, fraquezas musculares e dores, que prejudicam o equilíbrio e o controle postural na dança.

Dentre as patologias que podem ser desenvolvidas estão a bursite, a lombalgia e a tendinite, que provocam dor, que pode ser sentida na parte lateral do quadril, podendo descer lateralmente pela coxa, indo até o joelho, ou ainda pode ser sentida na virilha, ou ainda ao redor da região dos ísquios ou lombar; e o desconforto pode ser sentido após um longo período, ao ficar de pé, assimetricamente com o quadril afetado elevado e aduzido, com a pelve caída sobre o lado oposto, ou ainda com a realização de flexões de quadril ou na posição sentada, e também durante a realização de um exercício que provoque extensão excessiva enquanto a musculatura estava se contraindo: e a execução de shimmies mal compreendidos, deslocamentos mal estruturados, ondulações da coluna que exijam um preparo que não foi respeitado ou desenvolvido, podem, infelizmente, levar ao desenvolvimento destas patologias.

Compreendamos que um ato mecânico, aparentemente simples, pode ser tão complexo, que envolve articulações, músculos, centro de gravidade, equilíbrio, sistema nervoso central e periférico, vida psicológica e emocional. Lembremos também que a postura está intimamente ligada à auto estima.

Vamos terminar este artigo com Moshe Feldenkrais, que expressou uma idéia muito aplicável a respeito do que é possível e impossível fazer: "Tornar o impossível possível, o possível fácil, o fácil elegante e esteticamente satisfatório".


Professora, escritora, dançarina, pesquisadora, psicanalista em formação, mestra Reiki, radiestesista e terapeuta (CRT 39514), Simone Luciaurea Coelho Barbosa (Luciaurea Faruk), desenvolveu-se em terapias corporais através da dança, sendo precursora da Geometria Corporal Expressiva – inspirada pela sua anterior formação em arquitetura. Trabalhou como coreógrafa e produtora cultural (DRT 27258).

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

ESSENCIAS PARA SUA SHISHA

por: Jamal Marzuq

Hoje no Brasil é dificil comprar Tabaco (essencia) para shisha de alta qualidade, como o El baraka, Starbuzz, Fumari, Tangiers,HookaH-HookaH, Romman e outros, mas existem 3 grandes tabacos de altissíma qualidade disponivel no mercado nacional, são eles de boa qualidade, longa duração e exelente sabor, chega a deixar a ponta da piteira adocicada, o Amaren, Al fakher e Mizo, todos os 3 são de qualidade superior a qualquer outro que voce encontra em nosso mercado de fumos,
o Al Fakher é encontrado em um preço muito elevado, em média R$ 8,50, por se tratar de um tabaco feito nos Emirados Arabes, seu preço acompanha os luxos da região, mas o Mizo que tem preço igual aos demais tabacos no mercado, é um fumo de qualidade idêntica ao Al Fakher e alguns de seus sabores muitas vezes superior, como o goiaba, melancia e menta, é feito no Egito pela Nakhla desde 1913.

O tabaco Amaren feito na Jordania é o melhor dos 3, de sabor unico, fumaça sempre densa e consistente, de longa queima, com um preço que varia entre R$4,50 e R$ 5,50.

Quando preparar sua Shisha use sempre agua limpa de preferencia com pedras de gelo, para refrescar bem a fumaça, tambem costumo misturar uma pitada de essencia de menta em todas as outras para dar uma certa refrescancia a mais.
Uma dica importante para se ter melhor qualidade em sua Shisha, use carvão Natural ou seja, de fibra de coco que não exalam cheiro nem gosto na essencia, uma boa marca é o COCONARA, mas tem carvao convencional o Abo Alabed que é um otimo carvão também.

TENHAM TODOS UMA REFRESCANTE SESSÃO DE SHISHA.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

SHAHRAZAD: A PRIMEIRA GERAÇÃO DE BAILARINAS BRASILEIRAS.


A história da Dança do Ventre no Brasil ainda é recente, datando de aproximadamente uns quarenta (40) anos para cá. E pode-se dizer que provavelmente ela teve seu início quando os primeiros árabes aqui chegaram.
Os primeiros imigrantes árabes vieram da Síria e do Líbano por volta de 1880, e se concentraram principalmente no estado de São Paulo, mais especificamente na capital.

A bailarina Patrícia Bencardini em seu livro nos diz que: “A partir dos anos 50, uma grande população muçulmana entrou no Brasil, vindos de diferentes regiões do Oriente Médio. E, na década de setenta do século XX, novos imigrantes libaneses vieram para o Brasil fugindo da guerra civil, quando muitos encontraram parentes distantes que vieram no começo do século” (p. 68-9).

Provavelmente este foi o caso da bailarina palestina SHAHRAZAD Shahid Sharkey que aqui chegou por volta de 1957.

As bailarinas em sua maioria concordam que ela foi a pioneira desta dança no Brasil. Seu nome de nascimento é Madeleine Iskandarian.

Shahrazad

Shahrazad foi cabeleireira por 18 anos e passou a dedicar-se à Dança do Ventre a partir do final da década de 70 no Brasil, embora já dançasse profissionalmente desde os sete (7) anos em diversos países árabes, como conta em seu livro.

Aqui se apresentou em diversos restaurantes árabes, teatros e programas de televisão, além de ter concedido várias entrevistas.

Publicou em 1998 o livro intitulado “Resgatando a Feminilidade – expressão e consciência corporal pela dança do ventre”, além de alguns vídeos com a didática que desenvolveu para o ensino de dança, com aproximadamente três mil (3.000) exercícios criados por ela. A última edição de seu livro foi lançada na 17º Bienal do Livro em São Paulo.

Sua dedicação à Dança do Ventre, além de incluir a formação de grandes bailarinas e professoras, incluiu ainda sempre uma luta pela valorização da dança e nunca por sua vulgarização.

Em seu livro ela diz que “uma bailarina não deve aceitar que os homens coloquem dinheiro no seu corpo. Eles dizem que é um costume, mas isto não é verdade. O corpo da mulher é sagrado e o povo deve assistir a essa dança com muito respeito e admiração” (p. 5 e 6).

Mesmo assim, na década de 80, segundo a bailarina MÁLIKA, “a dança do ventre era muito pouco conhecida e difundida no Brasil”. Era difícil obter materiais para estudos, aulas e apresentações como discos, CDs, vídeos e roupas. A literatura também era escassa, pois segundo ela, “o Brasil não havia produzido nenhuma obra sobre o assunto e escassas eram as publicações em inglês e francês”.

Para a bailarina esta situação passou a se modificar a partir da década de 90 quando no Brasil começaram a surgir publicações sobre a Dança do Ventre em jornais e revistas, quando surgiram eventos, concursos e desfiles, além de programas de televisão, rádio e internet tratando do assunto. Essa procura pela dança acentuou-se ainda mais após a exibição da novela “O Clone” pela Rede Globo de televisão.

Muitos profissionais dizem que não havia música árabe no Brasil, porque aqui não se produzia e não se vendia também. Os discos de vinil na época tinham que ser comprados fora do país.

Um pouco depois, na década de 80, surgiram as primeiras bailarinas de Dança do Ventre brasileiras, que podem ser consideradas como a primeira geração de bailarinas no Brasil. Foram elas: Shahrazad, Samira, Rita, Selma, Mileidy e Zeina.

O primeiro vídeo didático de Dança do Ventre brasileiro foi lançado em 1993, tendo como professora a então já bailarina Lulu Sabongi.

Sharhazad  é o marco da dança do ventre no Brasil, assim como outras  bailarinas da primeira geração.

A SURA DA ABERTURA DO ALCORÃO SAGRADO



SÜRATU(l) AL-FÃTipAH(2)
A SURA DA ABERTURA
De Makkah(3) - 7 versículos.

1. Em nome de Allah, O Misericordioso, O Misericordiador(4).
2. Louvor a Allah, O Senhor dos mundos(1).
3.0 Misericordioso, O Misericordiador(2).
4.0 Soberano do Dia do Juízo(3).
5. Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda.
6. Guia-nos à senda reta,
7. À senda dos que agraciaste; não à dos incursos em Tua ira nem à dos descaminhados.

1) Süratu : forma alterada do substantivo feminino sürah, que significa degrau, fase, e, por analogia, cada um dos capítulos do Alcorão, por meio dos quais se ascende a Deus. Cada sura é composta de ãyãt, sinais ou versículos, de número variado, onde transluz a infinita sabedoria divina. O título das suras, segundo uma tradição oriental, prende-se mais a uma de suas palavras que, propriamente, ao conteúdo geral da sura. Quanto a palavra sura, adotamo-la na tradução por ser forma mais próxima da transcrição da palavra árabe (singular) e consignada, dentre outros, nos dicionários de Morais e Aulete .
(2) Al-Fãtihah: a abertura. É a sura que dá início à sagrada leitura. Ela reúne e sintetiza os elementos da crença islâmica, ou seja, a unicidade de Deus, como Soberano Absoluto dos mundos; o caminho da bem-aventurança, a recompensa dos crentes, o castigo dos renegadores da Fé, além de estabelecer o elo essencial entre o homem e Deus. Por esta razão, ela é parte fundamental das cinco orações diárias do moslim, quando a repete, em suas reverências, dezessete vezes.
(3) Makkah: Meca, a cidade onde se situam a Mesquita Sagrada e a Kacbah, para a qual, nas orações, se dirigem os moslimes, onde quer que se encontrem. Foi nessa cidade que se revelou a presente sura.
(4) Por forma reduzida da frase árabe Bismillahi Ar-Rahmani Ar-Rahími (Em nome de Deus, O Misericordioso, O Misericordiador), denomina-se este versículo Al Basmalah, que a maioria dos exegetas considera, de fato, o primeiro versículo desta sura, embora haja quem a julgue mera epígrafe, não só anteposta a esta mas a todas as suras do Alcorão, com exceção da IX. Al Basmalah constitui, na tradição islâmica, fórmula invocativa fundamental, que todo moslim deve proferir antes de cada ato, não só para assegurar-se das benções de Deus, o Dador Sublime da misericórdia, senão também para invocar-Lhe ajuda em todos seus atos, que nunca se completarão sem ela. Quanto a iniciar-se, sempre, cada sura com Al Basmalah, demonstra que tudo quanto encerra, sejam preceitos, informes ou regras morais, é proveniente de Deus e por Ele ordenado, sem intervenção alguma de qualquer outra criatura que seja. Ademais, por meio desta atitude de prece, pode o homem esmerar-se espiritualmente e dilatar o conhecimento de si próprio e do universo que o rodeia. Quanto aos epítetos, integrantes de Al Basmalah: O Misericordioso, O Misericordiador, traduzem, respectivamente, as palavras árabes Ar-Rahmãn e Ar-Rahlm, cognatos do substantivo rahmah, misericórdia, com a peculiaridade, porém, de que Ar-Rahmãn é epíteto intrínseco e exclusivo de Deus. Na literatura luso-brasileira, esta sutileza epitética é, igualmente, utilizada por «vieira», como se pode verificar no sermão do Quarto Sábado da Quaresma, pregado em 1640 (Vide Sermões de Vieira, Editora Lello e irmãos,1959, vol. III, p. 362), quando designa a Deus, por Sua misericórdia, fazendo uso de duas palavras latinas, Misericors et Miserator, estabelecendo-lhes a diferença, na tradução, por meio de dois sufixos: -oso, com o sentido de "pleno de, cheio de", e de -dor, sufixo agentivo com a idéia de "o que faz", "o que dá", acrescidos à palavra misericórdia, de onde: "Não só chamam a Deus Misericordioso, senão Misericordiador". Quanto à palavra Misericordiador, devemos dizer que, até onde nos foi possível pesquisar, parece tratar-se de um neologismo vieirense e que acabou por resolver-nos o crucial problema de tradução de Ar-Rahim: Aquele que dá misericórdia, até então não cogitado satisfatoriamente, pelos tradutores do Alcorão para o português. Ademais, é palavra consignada por Moraes e Aulete, o que nos reafirma o acerto em adotá-la em nossa tradução. (O O Senhor dos mundos, ou seja, O Soberano de todas as criaturas: homens, anjos, animais e tudo o mais que constitui o mundo. Esta forma apositiva estabelece o limite entre a disciplina e a anarquia na crença e demonstra que todo o Universo deve dirigir-se a um único Senhor, cuja soberania é infalível, contínua, harmônica e onipresente.
(2) A repetição dos epítetos de Deus, mencionados no Al Basmalah, não só enfatiza os aspectos vários da Graça de Deus, mas torna patente que a soberania não provém da força, mas da misericórdia e da graça de Deus para com todos os seres.
(3) Dia do Juízo: O Dia em que a humanidade prestará conta de seus atos, bons e maus, e, segundo estes, receberá a retribuição. Quem quer que haja feito o menor bem disso terá recompensa; quem quer que haja feito o menor mal, disso terá recompensa. A justiça soberana de Deus fundamenta-se, estritamente, na eqüidade.