por: Jamal Marzuq
Que o povo brasileiro tem ginga nos pés isso não se discute, é só ouvir uma batucada e ja sai dançando, ou até os mais timidos se arriscam em bater de pé no chão no ritmo da musica, com a bailarina de Dança do Ventre essa vontade de sair dançando é triplicada, basta ouvir um batuque e seu quadril ja inicia leves movimentos, é como se o cérebro mandasse automaticamente os comandos ao corpo com mínimo de musica rítmica que escuta. De todas as Bellydancers do mundo as brasileiras com certeza são as que dominam melhor as técnicas de quadril, pois o Shimmy surge de forma natural.
Mas ter tanta ginga exige um preço, muitas bailarinas só desenvolvem o "quadril", resumindo sua dança apenas nele, esquecendo que a Dança do Ventre é muito mais completa e tem muito mais que apenas o quadril, deixando de lado o encanto e beleza do Taksin ou o improviso de leitura de alguns instrumentos Árabes, como o Alaude, Flautas e Acordeon, que são melódicos e exigem os movimentos de pernas, braços, cabeça e tronco, deixando de lado o balançar frenesi do quadril.
O quadril é sem duvida o grande atrativo na bailarina, quando ele segue e muitas vezes duela com as batidas do Derbak (percussão) encanta aos olhos, mas a Dança do Ventre não é somente quadril, ela é todo um conjunto, o corpo todo dança, balança e encanta.
Rakssas estudem novas musicas que voces não estão acostumadas a dançar, musicas com menos percurssão, criem coreografias deixando um pouco de lado o quadril, fazendo a harmonia entre corpo e quadril, pois muitas vezes o quadril se torna uma parte independente do corpo da bailarina, parecendo ter vida com vontade própria.
Boa dança a todas.
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